O último lugar (por enquanto) que conheci na França foi a charmosíssima região de Champagne. Meus pais alugaram um carro e nós saímos de Paris rumo a Reims, deixando muito trânsito e chuva para trás. Pegamos a frente fria que passou em alguns lugares da Europa no final do verão: em um dia, 35 graus - no outro, 12! Isso em Paris, pois quando chegamos em Reims o tempo estava mais friozinho mesmo. Pelo menos só choveu no dia em que chegamos, né.
Nosso hotel ficava em Tinqueux, que é como se fosse um bairro um pouco mais afastado - no centro é impossível achar vaga. O mais engraçado foi que, ao chegar nessa cidade no interior da França, me senti nos EUA. Nosso hotel era a cara dos hoteis de Orlando, por exemplo, exceto pelo tamanho do quarto. E em Tinqueux há vários complexos de lojas e super mercados em volta de enormes estacionamentos, igualzinho a certas cidades americanas. Passado o déjà vu, corremos no Carrefour próximo para comprar cardigans e blusas de frio (eu até tinha jaquetas, mas em geral minha mala foi feita pro calorão).
Depois disso, finalmente fomos conferir o centro da cidade, que é uma fofura. Reims é uma cidade pequena com pontos modernos, como a Place Drouet D'erlon (praça principal da cidade) ou a rua de compras, mas em grande parte composta por construções medievais. Mesmo quando as casas ou prédios não estão ruindo de tão antigos, estão localizados em ruas estreitas onde carros mal passam. Eu amo história e um dos meus períodos preferidos (junto com a II Guerra Mundial) é a Era Medieval, então a França é o lugar ideal pra ver relíquias desse período ao vivo.
O destaque medieval da cidade é, claro, a Catedral Notre Dame de Reims. Por muito tempo era lá que realizavam as coroações de reis franceses. Dizem que esta é ainda mais bonita que a Notre Dame de Paris, mas enquanto eu achei os exteriores iguais em beleza, o interior da parisiense é mil vezes mais bonito. Aos fins de semana acontece um show noturno de iluminação que eu infelizmente não vi porque ficamos lá de segunda a quarta (mas dá pra conferir aqui).
Prontos pra cantar |
Além de monumentos medievais, conservados ou em ruínas, Reims também tem o arco romano mais largo da época do Império. Meu pai ficou obcecado pelo Porte de Mars porque ele é muito bonito e chamativo, não parece combinar muito com o resto, e ainda assim não tem sinalização. Tivemos que procurar no Google pra saber que é um portal do século III d.C em homenagem a Marte, deus romano da guerra.
Apesar de Reims e Épernay serem muito fofas e interessantes, a melhor parte da rota turística do Champagne fica longe das cidades e é permeada de vilarejos minúsculos. Sim, eu sei que a fama é quase toda das famosas adegas, mas minha parte preferida foi pegar uma estradinha que vai costurando a paisagem entre vários vilarejos, o tempo todo passando por parreirais. Eu estava com saudade de dirigir (pois é) e meu pai me deixou levar o carro, foi maravilhoso! Com certeza a estrada mais bonita que já vi, e eu já viajei muito de carro.
Cada vilarejo era mais fofo e charmoso que o outro, mas meu favorito foi Hautvillers, que dizem ser o berço do Champagne, onde o monge Dom Pérignon (soa familiar?) descobriu o processo de fabricação da champagne. Paramos para tirar fotos lá tanto na ida a Épernay quanto na volta, haha. Épernay, by the way, é a capital da região de Champagne, onde fica a famosa Avenida do Champagne e várias caves (adegas) famosas. Lá nós visitamos a do champagne Mercier, e em Reims a de Pommery.
Como eu já comentei, curti bastante visitar as caves, mas elas são todas meio parecidas: descer até adegas cavernosas mantidas à temperatura de 10°C; ver as garrafas com a bebida antes de poder ser comercializada; ouvir sobre as diferentes uvas e os métodos de produção; e por fim degustar. É verdade que a visita da Maison Mercier é quase uma ride da Disney, mas pra mim o mais legal foi andar de carro nas estradinhas e ver as lindas paisagens. O rio Marne permeia toda aquela região e é muito bonito - tem águas verdes e tudo às suas margens também é verde vivo, com flores coloridas em destaque.
Apesar de Reims e Épernay serem muito fofas e interessantes, a melhor parte da rota turística do Champagne fica longe das cidades e é permeada de vilarejos minúsculos. Sim, eu sei que a fama é quase toda das famosas adegas, mas minha parte preferida foi pegar uma estradinha que vai costurando a paisagem entre vários vilarejos, o tempo todo passando por parreirais. Eu estava com saudade de dirigir (pois é) e meu pai me deixou levar o carro, foi maravilhoso! Com certeza a estrada mais bonita que já vi, e eu já viajei muito de carro.
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