lazer

Venice, Italy

4.11.13

É inevitável começar este post dizendo que Veneza é um lugar extraordinário. Não dá pra chamar aquilo de cidade, não dá pra comparar com outro lugar do mundo. Chamam Amsterdam de 'Veneza do Norte', mas tendo estado nos dois eu posso afirmar que não tem nada a ver, parem de tentar comparar Veneza! 

Amsterdam, como Veneza, tem canais e barquinhos, arquitetura diferente, pode afundar com o derretimento das calotas polares… Mas a capital da Holanda tem ruas, carros, motos, caminhões, metrô, tram, ônibus, etc. Tudo como qualquer outra cidade grande. Veneza só tem água. Água everywhere, e há prédios que só têm entrada e saída pelo lado da água. Já imaginou precisar de um barco pra entrar em casa? Os canais são as ruas de Veneza, o que faz com que seja bastante silencioso, especialmente à noite e nos pequenos canais. Só se ouve sons de motor de barco, bem diferente de carro, e mesmo sendo o principal meio de transporte eles com certeza estão em menor número do que carros em grandes cidades. Lá existem canais tão estreitos que mal dá pra passar um barquinho pequeno; já o Canal Grande tem trânsito intenso de barcos e até congestionamento.


Veneza é um labirinto - nos lugares onde se anda a pé, você simplesmente precisa de um mapa bom pra não se perder feio. Claro que uma das partes legais de explorar o lugar é justamente se perder, mas sem um mapa pra se achar depois você pode acabar em uma situação bem chata. Existem algumas ruelas de largura normal, mas a maioria é estreita, escura e gelada, mesmo. Becos onde não tem nem como passar duas pessoas lado a lado. Mas não confie só no que eu estou dizendo, corre pra Veneza antes que essa maravilha tenha afundado e se perca na água!

Nós chegamos lá no meio da tarde, e estava friozinho e cheio de neblina. Da estação de trem Santa Lucia pegamos um Vaporetto para o lado oposto, lá pela Ponte Dell'Accademia. Já nos perdemos ao descer na parada indicada, mas acabamos encontrando o hostel e deixamos as coisas lá antes de sair pra comer. Depois fomos nos perder pelas ruas, passando por várias lojas com as lindas máscaras de papel marchê e vidros multi coloridos de Burano e Murano.


Acabamos chegando na Piazza San Marco no final da tarde - uma pena que tivesse tanta neblina, porque o pôr-do-sol com aquela vista pro mar deve ser lindo. Vimos a Ponte dei Sospiri, nos perdemos mais um pouco, compramos souvenirs na feirinha à beira do bar.

No dia seguinte fizemos um passeio para Verona, onde Shakespeare baseou a história de Romeu e Julieta. A cidade é bem lindinha, mas o turismo vem mesmo da famosa peça. Logo abaixo da janela da Juleita existe uma estátua da moça, e dizem que tocar os seios dela dá sorte (consequentemente, essa é a parte mais lustrosa).

Voltei pra Veneza com vontade de conhecer mais, muito mais. Apesar de ser relativamente rápido fazer o circuito turístico de lá, rola uma curiosidade pra explorar todos os cantos do lugar. Nenhuma rua é igual à outra, não existem linhas paralelas e cruzamentos (exceto nos canais, onde rola até semáforo), é tudo meio bagunçado e tem vários lugares sem saída. Tem um lugar que a barraca da feira, com frutas e vegetais à mostra, fica em um barco amarrado próximo à calçada. 

Na Ponte Rialto, observando
o Canal Grande
No outro dia, em Veneza, conhecemos a Ponte e Mercado di Rialto, onde as coisas são um tanto overpriced. Mas a vista da ponte para o Canal Grande é linda, especialmente porque nesse dia o sol apareceu com tudo e espantou a neblina de filme de terror. Vimos o museu Ca' d'Oro, o Instituto Europeu de Design, voltamos à Piazza San Marco para visitar a Basílica di San Marco. Aproveitei e vi direito o Campanile e o lindo Palazzo Ducale.


Desta vez consegui ver o lindo pôr do sol, parte dele na piazza e parte no topo da Ponte Dell'Accademia. É uma visão que nunca vou esquecer.

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